quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

BULES

TÉCNICA: PLACAS MANUAIS DE ARGILA CHAMOTADA, QUEIMADAS A 1180 ºC EM FORNO ELÉTRICO



























ÍCONES

O barro que amassa
deixa rastro retorna
faz renascer
repensa a pulsação vital ensina saber e ver

Rosana C. e S. de Oliveira


































DEUSAS-MÃES


PASTA DE BARRO, MALEÁVEL
PELA MÃO, MOLDA E REVELA
A FALA FEMININA
MACIA, FLEXÍVEL, ONDULANTE
CORAJOSA E COMPLEXA
CONCEITUAL E SIMBÓLICA
CÍRCULO REDONDO RODA
ESFERA EM EXPANSÃO
ÚTERO FEMININO
FORÇA ÚMIDA DE VIDA
EROS DA CRIAÇÃO




EXPECTATIVA DO FECUNDO
MÃE, MATER
MÃO E MATÉRIA PRIMORDIAL
CONVERGINDO PARA FORMAR OBRA ABERTA
GRÁVIDA DE SENTIDOS
Rosana C. e Silva de Oliveira











































ESCULTURAS EM FERRO

O mesmo tema, o mesmo design,
a mesma obra realizada em cerâmica
e em escultura de ferro.
Quem saberia dizer o que é o quê?




Dacosta em 3D








Neste segmento MOCA homenageia Milton Dacosta (1915-1988), artista nascido em Niterói, considerado um dos mais refinados e significativos representantes de nossa cultura visual. A marca da inteligência dacostiana está no riquíssimo paradoxo subjacente em sua obra e que foi o móvel de sua poética tão singular: o enfrentamento entre o rigor geométrico e sua imaginação sensível e intimista. Todo o seu trabalho se orienta na procura de uma beleza ideal, feita de medida, de ritmo, de rigor formal, de proporção e harmonia, de musicalidade profunda que emana de suas linhas. A série referenciada na obra de Dacosta tenta mesmo encarnar e reencarnar a obra do pintor. O que acontece com essa série é a mútua e simultânea transformação dos seres pictóricos em cerâmica e da própria cerâmica em seres cerâmicos. Não se trata de interpretar ou reinventar uma pintura, mas da tentativa de fecundá-la, dar carnadura a essa pintura. Sua questão não é a superfície bidimensional em si, mas seu deslocamento para a tridimensionalidade, carne e corpo cerâmico.















“Trabalhando com o fogo e descobrindo mistérios, a artista vem se dedicando também a recriação do universo estético de Milton Dacosta. Suas vênus e pombas, agora descansam e voam tridimensionalmente belas, revisitadas por Moca em relevos e esculturas cerâmicas, numa homenagem sincera ao grande modernista de Niterói”.


















































AMAZONIÑOS







Ao conceber a série Amazoniños, MOCA se reporta à técnica e ao grafismo dos primeiros habitantes das Américas, desce às fontes ancestrais que alimentam sua imaginação para fazer ecoar a contribuição latino-americana à arte e à cultura nacional.













Fala a artista: “O desenvolvimento dos Amazoniños transcorreu no período de aproximadamente três anos. Na fase de anteprojeto – concepção de registros gráficos elaborados com ritmo próximo ao da imaginação – não tenho idéia do tempo gasto. Meu trabalho em barro começa com lápis e papel, com o desafio de transformar linha em volume. O papel é suporte onde registro idéias que já se encontravam projetadas dentro de mim. Assim, abro espaço para que outras impressões venham deixar a sua marca. A fase embrionária - em que construo protótipos - ocorre de forma mais lenta, sem grandes preocupações com acabamentos. É tentativa de sintetizar e antecipar o resultado estético do trabalho.



Na fase de execução, tenho por método registrar o processo, anotando a data de início de cada peça, cada etapa, técnicas e materiais empregados, horas de trabalho, peso total de massa trabalhada e acabamentos. Sintetizando etapas: abertura de placas, recortes e engobes (12 h) / queima (10h) / acabamento (8h) / montagem (11h). Cada painel consumiu, entre a abertura de placas e montagem final, um total de 41 horas”.
















Trabalho com duas peças desmontadas, apresentando o sistema de fixação das placas cerâmicas sobre folha de eucatex recortada.