Ao conceber a série Amazoniños, MOCA se reporta à técnica e ao grafismo dos primeiros habitantes das Américas, desce às fontes ancestrais que alimentam sua imaginação para fazer ecoar a contribuição latino-americana à arte e à cultura nacional.
Fala a artista: “O desenvolvimento dos Amazoniños transcorreu no período de aproximadamente três anos. Na fase de anteprojeto – concepção de registros gráficos elaborados com ritmo próximo ao da imaginação – não tenho idéia do tempo gasto. Meu trabalho em barro começa com lápis e papel, com o desafio de transformar linha em volume. O papel é suporte onde registro idéias que já se encontravam projetadas dentro de mim. Assim, abro espaço para que outras impressões venham deixar a sua marca. A fase embrionária - em que construo protótipos - ocorre de forma mais lenta, sem grandes preocupações com acabamentos. É tentativa de sintetizar e antecipar o resultado estético do trabalho.
Na fase de execução, tenho por método registrar o processo, anotando a data de início de cada peça, cada etapa, técnicas e materiais empregados, horas de trabalho, peso total de massa trabalhada e acabamentos. Sintetizando etapas: abertura de placas, recortes e engobes (12 h) / queima (10h) / acabamento (8h) / montagem (11h). Cada painel consumiu, entre a abertura de placas e montagem final, um total de 41 horas”.
Trabalho com duas peças desmontadas, apresentando o sistema de fixação das placas cerâmicas sobre folha de eucatex recortada.
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